ISG Provider Lens™ Private/Hybrid Cloud - Data Center Services & Solutions - Brazil 2019 - Managed Services for Midmarket (Portuguese)
Tendências Em Serviços Gerenciados
Ao longo do último ano, as empresas vêm testemunhando uma mudança crescente da terceirização de data centers tradicionais para os data centers de nuvem híbrida como o padrão de fato para a infraestrutura corporativa. A maioria tem dois prestadores de serviços para equilibrar a carga de trabalho em data centers e na nuvem. Alguns players tradicionais pararam de vender a hospedagem de data centers, embora continuem gerenciando as instalações. O ponto culminante da era tradicional de terceirização não significa o fim dos data centers, pois os provedores estão reportando uma forte demanda por mais espaço em colocation.
Um provedor de serviços gerenciados relatou um crescimento recorde de receita de 80% em um ano. Pode não ser o maior provedor de data center, mas seu crescimento indica o impacto da adoção da nuvem no mercado de serviços. A maioria dos grandes provedores de serviços enfrenta desafios de crescimento, mas tem relatado uma mudança gradual dos serviços tradicionais para o modelo de nuvem. Eles querem se reposicionar como provedores de serviços digitais, usando “nuvem” como palavra-chave em todos os whitepapers ou apresentações.
Os provedores de serviços também relataram que grandes clientes empresariais estão se tornando menos resistentes à adoção da nuvem. Mesmo grandes e tradicionais bancos brasileiros estão adotando a nuvem híbrida, com novas cargas de trabalho sendo desenvolvidas para serem executadas no modelo. Essas instituições ainda contam com mainframes para administrar seu sistema contábil central.
O mercado de serviços gerenciados está se expandindo com o surgimento de novos concorrentes de programas de parceria de infraestrutura como serviço (IaaS). A AWS, a Azure, o Google e a IBM estão impulsionando suas vendas por meio de novas parcerias. Esses parceiros recém-chegados, no entanto, não são capazes de compreender as complexidades das grandes empresas. O quadrante de Serviços Gerenciados para Grandes Contas só viu seis provedores do mercado intermediário nos últimos anos.
Tendência De Consolidação De Hospedagem Gerenciada
A hospedagem gerenciada está passando por consolidação. O negócio de hospedagem está diminuindo de importância, abrindo espaço para a nuvem privada e híbrida.
Nós identificamos pelo menos três competidores que pararam de oferecer serviços de hospedagem este ano. A maioria dos provedores de hospedagem está focada em manter sua clientela, mas eles não estão atualizando suas ofertas. Nós identificamos apenas duas exceções a essa tendência. Esses provedores de serviços têm a oportunidade de capturar os clientes que serão deixados para trás.
Container Gerenciado Como Tendência Emergente De Serviço
Quando as empresas começaram a migrar cargas de trabalho para a nuvem, enfrentaram o desafio de portar aplicativos legados. Ao mesmo tempo, novos aplicativos desenvolvidos para uma nuvem não puderam ser executados em outra. Os prestadores de serviços perceberam que tinham um problema. Algumas empresas começaram a usar o Docker. O Google estava aprimorando Kubernetes, enquanto a Red Hat criava o OpenShift. Ao mesmo tempo, o setor estava se reunindo em torno da fundação Cloud Foundry. A Cloud Foundry e a OpenShift são plataformas para o desenvolvimento de aplicativos em containers que podem ser implantados em qualquer nuvem. Essas inovações e mudanças ocorreram em apenas quatro anos.
Para este estudo, a ISG qualificou 11 prestadores de serviços que são totalmente capazes de implantar e gerenciar containers em ambientes complexos. Este mercado está ganhando força rapidamente com muitos clientes mostrando interesse, provedores enviando propostas e negociações acontecendo. No entanto, o número de containers em produção é relativamente pequeno. Esperamos que o mercado veja um crescimento modesto neste ano antes de entrar em uma fase de aceleração em 2020.
Tendências Em Serviços De Segurança Gerenciados
Nesta era da digitalização, os criminosos estão migrando para o mundo virtual. Surgiram organizações cibercriminosas. Um relatório publicado pela McAfee estimou que o custo global do cibercrime atingiu US$ 600 bilhões em 2018. O CERT.br, a equipe de resposta a emergências no Brasil, informou que o número de ciberataques no país diminuiu depois de atingir o ápice em 2014. Em 2018, registrou uma queda de 19% nos incidentes reportados em comparação ao ano anterior. Embora a tendência brasileira seja positiva, sua posição relativa entre outras nações é fraca. O Global Cybersecurity Index (GCI) mede o compromisso dos países com a segurança cibernética. CGI 2018 classificou o Reino Unido como o país ciber-consciente, seguido pelos EUA. Por outro lado, o Brasil ficou em 70º entre 175 países.
As complexidade em serviços de segurança estão aumentando. Os sistemas de segurança tradicionais usam firewalls para proteger servidores e bancos de dados. Com o aumento do acesso via dispositivos móveis, a segurança do endpoint é necessária para proteger servidores de aplicativos e bancos de dados. O gerenciamento de identidades (IdM), um processo de autorização e revogação de direitos de acesso, está alavancando a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina (ML) para identificar comportamentos e contexto de uso para revogar ou conceder acesso. A integração de capacidades de AI/ML em IdM pode também ajudar a validar a localização do usuário para autorizar o acesso. As práticas de proteção de dados e prevenção de perda de dados (DLP) têm aumentado devido a iniciativas mais rigorosas como a LGPD, a regulamentação brasileira que é similar ao GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) da União Europeia. O foco agora está sendo transferido da proteção de acesso para a proteção de dados.
Apenas alguns prestadores de serviços cobrem todo o escopo dos serviços de segurança. Os clientes corporativos podem precisar contratar vários provedores para atender a todos os seus requisitos.
Tendência Em Colocation Services
Data centers de colocation estão em demanda globalmente. Com o aumento da digitalização, mais dados são criados e armazenados. Isso aumentou a demanda por mais data centers para garantir a continuidade das operações. No Brasil, a velocidade com que os data centers estão sendo construídos caiu em 2019. No entanto, sua ampla expansão nos últimos dois anos superou a demanda. O Brasil hospeda três data centers da AWS, um da Azure, dois da IBM Cloud, um da Oracle Cloud e um do Google Cloud, todos hospedados em data centers de colocation. A demanda também é forte entre os pequenos provedores de hospedagem de data center, hospedagem na web, hospedagem de comércio eletrônico e outros pequenos players que migraram para instalações de colocation para fechar seus data centers de baixa escala. O esforço para adotar uma nuvem privada e híbrida também está aumentando a necessidade de colocation, já que as cargas de trabalho legadas que não são adequadas para a nuvem são migradas de data centers internos para instalações de colocation. Apesar da crescente demanda, o mercado está se consolidando nas mãos de alguns grandes provedores.